O prejuízo na qualidade auditiva, seja ela parcial ou total, faz com que a pessoa seja considerada um deficiente auditivo. Todavia, isso não impede que os outros conversem com elas, desde que o tom de voz seja o mais adequado. Também há os surdos-sinalizados e os oralizados, cada um com suas limitações e capacidades aprimoradas.
Os deficientes sinalizados são conhecidos como surdos-mudos. Esses, por sua vez, usam com muita frequência a Língua Brasileira de Sinais (Libras), de modo que dificilmente fazem utilização da comunicação oral. Pessoas que se enquadram nesse perfil nasceram definitivamente sem audição ou não tiveram a formação plena da fala. Podem ser conhecidos como surdos pré-linguais.
Aqueles que são capazes de acompanhar através da leitura labial a comunicação, a oralização se torna ferramenta fundamental para que tal habilidade seja aprimorada. Esses indivíduos são tratados por um profissional da área fonoaudióloga. Essa capacidade de leitura é desenvolvida, uma vez que mesmo com a utilização de aparelho sonoro, dificilmente é recuperada a qualidade da audição. Se tiverem o domínio da linguagem em Libra, são conhecidos como surdos bilíngues.
As dicas a seguir são importantes para se ter uma boa relação com pessoas com deficiência auditiva. Mesmo assim não dispense consultar periódicas com profissionais da área da saúde, pois uma avaliação é sempre importante independentemente do grau de deficiência no qual a pessoa se encontra. Seguem as dicas logo abaixo:
Fale vagarosamente, sem que a naturalidade do diálogo seja comprometida. Não adianta separar as sílabas ou articular demais;
Esteja sempre de frente para a pessoa com deficiência, quando estiver conversando com ela;
A entonação é proporcional ao comprometimento auditivo. A princípio, comece falando no tom normal, se ela não entender, o tom deve ser elevado à medida que isso for exigido pela pessoa com a deficiência;
Surdo sinalizado geralmente lê os lábios. Se você perceber ou souber que o surdo é usuário exclusivo de Libras e realmente precisar falar com ele, faça-o de maneira simplificada;
Se a pessoa com quem você conversa não responder quando estiver virada para você, ou não prestar atenção no que foi dito, é fundamental que se pergunte se ela possui danos na audição, pois essa é uma doença imperceptível a olho nu;
Não fale mastigando. Além de ser falta de educação, prejudica a tentativa de leitura labial, realizada pelo deficiente;
A iluminação é um dos principais fatores do qual depende a leitura labial. Caso o ambiente impossibilite uma boa qualidade de luz, podem ser utilizadas outras ferramentas como isqueiro, lanterna e até a luz do celular.