A misofonia ou Sensibilidade Sensitiva do Som é uma síndrome que se caracteriza pela hipersensibilidade aos sons do cotidiano humano. Para pessoas portadoras dessa condição médica a convivência com outras pessoas que possam fazer pequenos barulhos como mascar chicletes, mastigar alimentos crocantes, sapatos batendo no chão, murmúrios ou respiração ofegante, torna-se uma tortura, o que leva a um estado instantâneo de raiva.
Esta “raiva” chega a ser uma mistura de pânico, tensão, ódio e terror de uma reação irracional a um tipo de barulho, que não passa de um distúrbio auditivo que tira toda a atenção a outras coisas. A misofonia é pouco reconhecida como doença e pode ser diagnosticada de forma errada caso não seja estudada de maneira adequada. As pesquisas sobre essa síndrome ainda são recentes e pouco compreendidas, mas a fonoaudiologia pode ajudar no caso.
Em muitos tratamentos de fonoaudiologia foi descoberto como resultado que alguns pacientes acreditam que tais sons provocados por outras pessoas são propositais para irrita-las. A terapia se baseia em uma parte psicológica tratando a ansiedade, e a fonoaudióloga pode trabalhar com o paciente a Terapia de Habituação (TRT – sigla em inglês), que visa à mudança no padrão de reação aos sons por meio de habituação. O paciente se expõe a alguns sons determinados pela terapia, durante o sono, e os estímulos neutros têm causado muitos benefícios. Quanto mais rápido o estado de misofonia for tratado melhor, pois, essa síndrome tem tendência de começar na adolescência e se agravar com tempo.
O transtorno vem sendo estudado desde 1990, e acredita-se que se trata de uma alteração no Processo Auditivo Central (PAC), sendo então, uma resposta emocional ou condicionada à aversão ou desprazer de estar exposto a alguns sons repetitivos, uma reação desproporcional do sistema límbico.
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Equipe da Central da Fonoaudiologia